Eletricidade

Monday, October 09, 2006

# 048

das coisas que eu não esqueço


em conversa com um amigo antigo nesse sábado ele me dizia que eu era uma pessoa que não esquecia.
e de fato, no fim das contas todos os meus amores intensos permanecem dentro de mim amores ainda, modificados, adormecidos, desacostumados.

guardo sentimentos bons por todas as pessoas que passaram por minha vida e me fizeram ter momentos de extrema alegria. não que seja porta aberta pra que um dia volte, mas pela beleza de ter vivido.

por um lado é bom não esquecer. por outro é ruim.
mas é minha natureza fazer permancer o amor, e no fim das contas, acho que amor não se esquece mesmo não.
só se guarda escondido pra não aflorar de novo, mas ele continua vivo.

Sunday, September 24, 2006

# 047

da chuva nas costas


cadê o azul que eu costumava encarar?
foi pra longe. longe demais.
agora o céu se fez mais cinza aos meus olhos
sem nem uma sombra de azul

cadê o sol que eu costumava enxergar ali?
está fraco, que nem uma lua laranja no fim da tarde
não tem mais fios amarelos por perto

e de azul o céu tornou-se cinza nublado
mas nuvens, como tempestades, passam.

Saturday, September 09, 2006

# 046

de volta aos tempos quase antigos


é engraçado como a gente se perde no mundo de vez em quando.
o tempo pára e a gente esquece de viver a nossa vida em prol de uma soma de vidas.
e de repente, não mais que isso, as coisas começam a desandar, a não sair da forma como a gente queria, não esperava, a sair da forma que a gente temia.
nossos castelos se desmoronam, e agora? cadê eu? aquele que eu que eu era até um tempo atrás?
e agora é hora de voltar àquele moço de antes... mas não há volta realmente.
O Eu de agora nunca poderia ser que nem aquele de antes, porque coisas acontecem todos os dias e a gente muda. O Eu de agora está começando agora, daqui a um minuto ele começará de novo e assim pra sempre.

A vida é uma imensa brincadeira de mudar. só que alguns têm coragem, outros não.
tô tentando ter mais coragem. e tentando não me deixar mais de lado.
essa é a minha proposta desse eu que nasce agora.
já a proposta do eu que nascerá daqui a 2 minutos já não sei.
=)

Mudar é viver outras vidas dentro da nossa mesma.

e lá vamos nós...

Tuesday, May 02, 2006

post perdido no tempo

das motos e da velocidade


é.. de tempos em tempos sensações antigas tornam-se novas e novas tornam-se antigas.

a primeira me ocorreu esses dias. velocidade.

Thursday, March 23, 2006

# 045

das viagens e dos milkshakes


daí eu me lembro de onde veio a inspiração pra escrever esse blog e seu título...

"ulisses devorador de milkshake ..."
(fernanda porto - eletricidade)

é assim.. de vez em quando me basta um detalhe pra viajar mares afora sem sair do lugar...
pensar em milhões de coisas em um segundo...
ir atrás de velocinos de ouro com gosto de pequi...

no fim das contas não passo de um sonhador que nem precisa dormir pra imaginar mundos.

uma alegria pode ter gosto de ovomaltine com leite.. tudo batido.

o Ulisses da música e da história é um cara que acredita num sonho e parte em busca dele sem se preocupar com formas.. o que são formas afinal, ora bolas? ele só quer o sonho e sonho é bom. tem gosto de milkshake.

é quase um sonho infantil mas com a ousadia do mais corajoso dos homens.

ah, dá cá meu milkshake e me deixa fechar os olhos .

Wednesday, December 14, 2005

# 044

de números e de memórias.

esse é o post de número 44.
e eu gosto desse número.. me lembra bingo..
aquele bingo que eu jogava na casa da Dona Conceição lá pelas voltas dos meus tantos 9 ou 10 anos... e adorava quando saía 44.

eu torcia..

eu torcia tanto pra ele sair, só pra ouvir a Sandra cantar: "quaraquáquá"

e eu ria e marcava na minha cartela.

sim, porque todas as minhas cartelas tinham que ter 44, era como meu número da sorte... que sorte que nada.. eu queria mesmo era ouvir o "quaráquáquá".

Thursday, December 01, 2005

# 043

de quando eu ri só por respirar


e de vez em quando a gente respira e em vez de ar, o pulmão se enche de borboletas que se movem com suas asas azuis, fazendo cosquinhas dentro de nós.

depois disso, a boca em meia lua formando tijela é consequencia..
a gargalhada é complemento.

=)